16 de abril de 2008

o meu caminho nas estrelas

não sou o teu pedaço de céu,
apenas,
porque para ti sou inteira.
a luz que te reflecte, a estrela que brilha por ti.
a energia que te renova, porque se renova contigo.

4 de abril de 2008

depois dos carros se deitarem

mais logo, quando já não se ouvirem sequer os carros na rua, vais ver como tudo se torna mais fácil.
eu abraço-te e ficamos ali as duas a assentar as poeiras.
a rir. a chorar. a pôr vick no nariz. o que nos apetecer na altura.
mas a ficar tudo melhor. muito melhor.

3 de abril de 2008

o cheiro da tua pele

há alturas em que tenho tantas saudades tuas, que nem imaginas.
fico aqui, rodeada de papéis, a relembrar o cheiro da pele da tua cara, logo pela manhã.
[é um cheiro doce. e quente.]
gosto de encostar o meu nariz, e cheirar cada centímetro.
e saber que já estou atrasadíssima.

e não me ralar nada com isso.

2 de abril de 2008

indomável

não me lembro se já te disse, as vezes suficientes, o quanto andas bonita.
não é só a pele, o cabelo, o sorriso.
é isso tudo, movido pelo que vem de dentro.
empurrado por uma água interior, que jorra com uma força indomável.
e torna o teu menear rebolado numa celebração da mulher e da vida.
é o vulcão a passar.
e eu sentada, ao canto, a sorrir.