28 de setembro de 2005

uma construção

tudo se passa como se de uma construção se tratasse.
os corpos encaixam. e sustentam-se.
é o amor que me tens que me faz evoluir com confiança.
não tenho segredos guardados. segredos daqueles que não se contam porque não nos é permitido contar.
contigo, tudo vale. porque tudo é dito e ouvido.
e respondido já de outra forma mais evoluída, mais assaz, mais consubstanciada.
as circunstâncias são sempre favoráveis, porque somos nós que as fazemos acontecer. ou não?
na verdade, não há alturas próprias, ou impróprias. há alturas.
para amarmos, para discutirmos, para brincarmos - todas elas nos mais díspares momentos do cronos.
somos tão diferentes e, no entanto, construímo-nos tão bem.
sabes? já fiz amor contigo.

22 de setembro de 2005

à noite

é quando te deito no meu ombro,
afago os teus cabelos,
e a tranquilidade do sono me invade
e me faz estremecer,
é aí,
que o mundo adormece!

2 de agosto de 2005

às vezes

às vezes, ainda, quase, que estremeço.
depois penso em ti.
e sei que já não há motivo para me sentir perdida.
e já não chego a estremecer.
antes exulto!

11 de julho de 2005

envolvência

não temas, se te sentires inquieta.
nessa altura eu estarei tranquila para te segurar. para te abraçar e afastar os temores que te assaltam.
faço do meu abraço uma longa tenda, escondo-te lá dentro, e esperamos que isso passe.
enquanto te afago o cabelo.

6 de julho de 2005

sabes...?

... como estou feliz?
sou feliz?
imensamente?
sabes como, tocar o teu corpo, deslizar as minhas mãos na tua pele macia, me deixa inundada de um sentimento pleno de pertença?

25 de maio de 2005

antecipação

sinto o mesmo frémito. a mesma ansiedade.
tudo em mim é paixão.
o meu mundo é livre, colorido e grande.
sou inteira. e única. MAIOR!

10 de maio de 2005

gotas de água

as costas da minha mão roçam a tua pele, quando te entrego a toalha que deixaste cair ao chão.

9 de maio de 2005

não estás

mas é como se estivesses.
o teu sorriso baila-me nos olhos.
quero que me acordes,
quando chegares.

ondas de paixão

altas.
cheias de espuma branca.
vagas.
que me fazem baloiçar nos teus braços.
mergulhos de amor e prazer.
um mar imenso onde navego em crescendo - o mundo que me fizeste descobrir.

23 de fevereiro de 2005

onde me sinto bem

nos teus braços
é onde me sinto bem.
no calor da ternura, que deles extravasa,
é onde me sinto bem.
nas palavras, que me possuem,
saídas da tua boca franca e sincera
é onde me sinto bem.
no amor, que me dedicas, e envolve a minha existência
é onde me sinto bem.
na mistura de vermelhos, laranjas e castanhos
que decoram a nossa casa
é onde me quero sentir bem.

7 de fevereiro de 2005

ao colo

trago-te ao colo,
dentro de mim.
levo-te com cuidado.
procuro, atentamente, os teus sinais.

6 de janeiro de 2005

tu

um sem fim de motivos, seria a resposta a quem me perguntasse porque te amo.
é o confirmar, diariamente, tudo o que me fez encantar, primeiro, apaixonar, de seguida, e amar, depois.
é a dança desse corpo seguro?
o bailado das mãos quando falas?
a sensibilidade para perceberes antes de eu falar?
o carinho na voz que sai dessa boca linda?
as palavras que se encadeiam e transmitem segurança, franqueza, confiança?
é tudo!
tudo envolvido, corpo e mente, que me faz confirmar, a todo o momento, o sortilégio que me foi oferecido naquele dia soalheiro, à beira mar!